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17/10/2008

Brigas [post desabafo. Por favor, passe longe se você não é uma pessoa envolvida]

Se existe algo pelo qual sou conhecido, é a irritante mania de, geralmente, defender os dois lados de uma questão. Tipo advogado mesmo. Não sei se foi por ter crescido meio largado de tudo e todos, e com uma imensa vontade de ajudar, ou se foi por ter sido tão injustiçado e fodido numa determinada época da vida. Anyways, acho que é pelo prazer de ser do contra mesmo ;)

Entretanto, sempre a causa é justa. Por exemplo, quando uma mina que eu tinha ficado certa vez no passado começou a dar dores de cabeça pro lado de uma comunidade. Na época uma amiga em especial queria ver o sangue dessa garota, e como eu tinha uma treta com essa garota, essa amiga me chamava direto pro pau para zoar ela. Não me lembro de quantas vezes eu fui realmente zoar a pobre coitada, mas pelo menos umas dez vezes eu falei "Nah, deixa ela quieta, não vale a pena", meramente por achar que a garota tinha direito de poder se expressar - não que isso fosse necessariamente uma coisa boa, mas era direito dela.

Pois bem. Hoje, agora há pouco, estava eu tentando enfiar um pouco de juízo na cabeça do meu irmão. O que é estranho, dado que ele tem dez anos a mais que eu. Como dizia, tentava eu, o irmão mais novo advogado de tudo e todos, enfiar na cabeça dele alguns conceitos éticos, como o de não zoar a namorada do irmão mais novo - ou de ter coragem de zoá-la na frente dela, para ela poder se defender. Ouvi um "tá, tá, já falou agora vai fazer teu serviço". Suspirei, resignado. Ia argumentar que era graças aquela mentalidade que ele, aos 32, estivesse em muitos aspectos inferior à mim [como AINDA estar cursando uma faculdade SEM diploma nenhum no currículo], mas deixei quieto. Se uma pessoa não ouviu pela primeira vez, não ia ser na segunda que iria ouvir.

Depois que eu chego nas pessoas com um pé de cabra e boto uma granada na boca delas, sou tachado de psicopata, mas tem hora que elas pedem por isso.

Aqui em casa tenho um sério problema em relação namorada x resto da família. Não sei que porra acontece, a família simplesmente não aceita eu estar namorando. Primeiro, uma louca desmiolada metida a professora educada chama-a de vagabunda, sem nem ao menos conhecer a menina. Segundo, o babaca boçal citado acima resolve levantar dúvidas sobre a fidelidade da Ari [coisa que o fdp martelou tanto, mas TANTO, que eu realmente fiquei em dúvidas uma época]. Agora, resolve zoar ela. Tive sérios impulsos de pegar a cabela dele e usar como apoio de mesa, devidamente separada do resto do corpo - mas como sempre tem uma fêmea por perto nessas horas, fui devidamente segurado pela minha mãe, pai, irmã e o cachorro que resolveu se manifestar.

Fora que todas as vezes que a menina aparece em casa, ele olha ela com o maior desprezo e trata a ambos como se fóssemos "inferiores". Fica um clima deveras chato, já que a ari só tem intimidade comigo e o resto da família, tipicamente criada no interior, é um pouco fechada e reservada [isso no começo, pq é só dar um presente e conversar um pouco que todo mundo aqui se abre. Ô povo fácil]. A Ari é a primeira namorada que eu trago em casa para tentar um approach, mas esse tipo de coisa só me desanima para continuar. Você tenta, tenta, tenta, uma hora acaba cansando.

Tive que tomar a única decisão, por mais infantil que possa parecer, cabível. Infelizmente não dá para trazer a ari aqui, em dia e momento nenhum. Não dá, esse arrogante de merda consegue estragar todo o clima que cria alguém em casa. E o pior é minha impotência perante a isso, já que mesmo que eu soque ele [como já fiz muitas e muitas vezes, mas isso não vem ao caso], ele continua fazendo.

Já perguntei para ele que, se ele foi tratado como um nerdzinho babaca ególatra e exibido que ele provavelmente foi [e é até hoje] e apanhou muito e era completamente menosprezado pelos seres humanos normais lhe deu o direito de ser assim. Ele ficou putinho e partiu pra briga, o que me provou que eu estava certo [homem, SEMPRE que fica sem argumento ou paciencia para debater, parte pra porrada. Eu fiz isso, ele fez, teu pai fez, se tu é uma bichinha fresca e ainda não fez, um dia o fará]

Esse post é um desabafo apenas. Eu juro que tento manter um convívio saudável com toda a família [e sei que sou uma pessoa difícil de lidar], mas eles parecem que ficam mais infantis que eu. E resolvem irritar. Quem se salva nessa casa, além dos pais velhos e sábios?

Provavelmente minha irmã mais nova, nem eu escapo disso.

Existe apenas uma música que eu canto nessas horas, geralmente bem alto para pessoa ouvir. Não que faça alguma diferença, mas me faz sentir bem. É aquela música "A Arte do Insulto", do Matanza. Reflete bem o espírito de quem conta a história e dos envolvidos [o otário do bar que só faz merda e o ogro pensador que sabe como xingar alguém]

Caçem a depois, quando tiverem chance. A maioria dos que acessam esse blog irão gostar dela

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