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31/01/2007

Ret-con

Tenho um vizinho que foi, por uns tempos, motorista do presidente. Não me lembro exatamente de qual, mas ee foi mesmo, tem até registro em carteira. Ele conta alguns casos inusitados, mas teve um que ele contou que foi o campeão de todos: certa vez ele estava guiando por uma estrada no interior de Mato Grosso. Eis que atropela um porco. O presidente dirigiu-se a ele:
-Ih, rapa, morreu... deve ser daquela fazenda ali. Faz o seguinte: vai lá, conta tudo, pede desculpas e dá esse cheque pra ele comprar um porco novo.

E o motorista foi lá, todo solícito. E demorou três horas. Quando estava anoitecendo, ele voltou ao carro, todo cambaleante, com uma garrafa de vinho da melhor qualidade. Ao olhar aquilo, perguntou o presidente:
-Ué? Assim não dá! Que houve? Demorou tanto porque? E o que é essa garrafa de vinho?
-O fazendeiro me deu essa garrafa, um belo almoço e me deixou transar com sua bela filha de 18 anos, que transou alucinadamente...
-Tudo isso só por que você matou um porco? O que você disse?
-Cheguei lá e disse: "Sou o motorista do presidente e acabo de matar o porco..."

Ai, ai... bom, o carnaval foi uma maravilha pra todo mundo. Menos pra Portela. Aquela águia foi mesmo uma coisa de retardado: se a asa não queria ficar num lado, por que não colocou no outro? Seria mais rápido... ou usassem um ferro de solda e colassem aquilo no lugar. Ficaria meio torto, ma bastava dizer que a águia estava representando um vôo e estava dando sinal de que ia virar... Sei lá.

Mas foi muito bom mesmo. Vendo o carnaval, me lembrei de gringos, e minha memória semântica fez associação com eu ter imitado um gringo certa vez, ano passado. Cheguei numa barraquinha, dessas de vende refrigerante, eu, branco, na praia, falando em espanhol, pensa-se o que? Que é um gringo. O cara da barraquinha também pensou isso. Olha como foi o diálogo:
-Ei, companhero! Quanto custa la... ciomo ustedes hablam? Ah, sí. Quanto custa la gasosa, la Côca-Côla (imaginem o sotaque de meses sem "hablar castelhano")
-Cinco real, gringo.
-Bele. E se eu falar que sou brasileiro, você me cobra os 2 reais ou mantém 5 mesmo?
Lembrei disso por causa do preço das fantasias. Antigamente carnaval era festa popular. Até hoje é, mas para a população rica, ou estrangeira.

E navegando feito uma barata tonta pela net, por que não uso rss e nem tenho interesse, vi no Catarro verde uma dobradura para mulher fazer xixi em pé. É, isso mesmo, origami de pênis para mulheres. Agora podemos dizer que mulher é bicho completo: faz até xixi em pé. Só falta se auto-reproduzir para os homens serem extintos. Que me desculpem as leitoras desse blog (mais da metade dos acessos vai cair), mas tô pensando sériamente em inventar a campanha: "Igualdade dos sexos sim, mulher macho não!"

E falando em campanhas, continua a campanha do governo para espalhar a palavra da camisinha pelo Brasil, para que essa população de reprodutores pare de reproduzir pelo menos no carnaval. Mais da metade da população do Brasil é feita nessa época. Basta olhar pra ver quantas pessoas nascem no carnaval, ou pouco antes, ou 9 meses depois. Julho ninguém se reproduz não? Fora que a Aids só se espalha nessa época. Muita gente reclamou que se infectou de AIDS fora do carnaval... bem, que eu posso fazer? Agora é tarde. Deveria ter pensado nisso QUANDO fez a coisa! Perco o leitor mas não perco o sarcásmo!

E a libertinagem no país rola solta! Dessa vez foi o maior campo de informações inúteis por metro cúbico, a internet: gays, lébicas, bichas, travecos e boiolas em geral mandaram e-mails reclamando e me chamando de preconceituoso. Faltaram ir na minha casa com tochas - o que me levou a pensar que talvez com um pouco de água apagasse o fogo das bichas.

Bicha lembra bicho. Bicho lembra mato. Mato lembra interior. Interior lembra caipira. Logo, bicha me lembra caipiras. Estranho.
Estranho mesmo é algumas rádios mandarem mensagens de amor. De fulano para cicrano. Imagina se um caso de adultério vai a mostra por causa disso? Adulério por adultério, prefiro o do gringo que fazia propaganda negativa do Brasil. Por causa de um filho da puta desses, aumentou a taxa de turismo nas terras tupiniquins.

Mandaram e-mail spam pra mim: "You want a big pennis?". Tive vontade de re-enviar aos viados que reclamaram; "Você procura um grande pênis?". Tô fora.

Vi num blog de uma amiga que eu tinha pedido pra nascer. Opâ, que história é essa? Eu não pedi pra nascer. Fui arrancado pra nascer, isso sim - por mim ficava mais uns meses na barriga da minha mãe, mas aos 8 meses de gravidez quiseram me tirar de lá. Deveras, se eu tivesse pedido pra nascer, seria numa família muito, mas muuuuuito rica.

Falando em riqueza, tava pensando em como eu seria se fosse rico. Mandão, orgulhoso, vaidoso, festeiro, zoador, cara de pau, canalha, sarcástico. É, talvez seria melhor.

E o jumbão, o avião presidencial? Ainda bem que o Brasil não tem nada pra ser destruído - o Cristo redentor talvez. Se algum terrorista inventa de roubar aquilo, vai ter nas mãos a maior (literalmente) arma do mundo.

Acho melhor parar por aqui... Agradecimentos especiais a Marcurélio, do Jesus me chicoteia, e a MrManson, do Cocadaboa (todos os links estão na barra lateral. Te vira e acha).

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