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30/01/2007

Exercendo sua cidadania democrática obrigatória

Ontem teve aquele reve... refe... publici... ah, sei lá, teve aquele troço em que éramos obriagados a escolher: ou dá ou desce (ou dá tiro a rodo ou desce a porrada).
Fui lá, chateado por que estava chovendo - e a zona eleitoral que eu voto é uma zona mesmo.
Cheguei lá convicto de que poderia exercer a cidadania democrática obrigatória, prontinho para enfiar o dedão no botão do "Anula". Ao entrar na sessão, estranhei: tinha quatro pessoas: dois juízes de mesa e dois carinhas ao lado da cabine. Nem prestei atenção nos juízes, pois os caras ao lado da cabine, um estava com um porrete e outro com uma doze na mão.

Fui lá votar ignorando os dois. Prestes a apertar anula, ouço um "click" - e vejo o carinha da doze apontando a mesma pra minha cabeça.
"Olha esse dedo perto do 2... é pra apertar UM, porra!"

Temendo em ter miolos de Eddie espalhado na sala, resolvi obedecer. Prestes a apertar o 1, me vem o cara do porrete, e diz:
"Olha esse dedo aí perto do 1... é pra apertar DOIS, porra, senão enfio esse porrete no seu cú"
Vendo que o cara era um armário 4x4, e temendo a minha integridade física e anal, pensei rápido; Apontei pra um canto, fiz cara de espantado e mandei:
"Olhem um taco de beisebol que dá tiros de doze"
Não entendo, esse pessoal devia ter bebido, pois olharam. Nisso, tirei a doze do cara, mirei no porrete, atirei e joguei a doze pela janela. Votei tranquilamente e saí com o peito estufado. Não de orgulho, mas de medo mesmo - nunca em toda minha vida passei por apuro tão grande.
Afinal de contas, imagina se o cara do porrete faz o que ameaçou? Rapaz, eu ia estar falando fino agora e gritando: "MEEEEENIIIIINAAAAAA, QUE LUUUXOOOOO".

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